sobre bandas

faz anos que não compro um disco. escuto músicas novas, ligo o rádio, saio de casa. vou a bares, shows de bandas… mas nada me agrada. encartes não me agradam, letras não me agradam. melodias grudam, refrões se repetem. ad eternum. mas não me agradam. uma espécie de artista da fome, mas sem arte. não sou do estilo purista, dizendo que tempos bons foram os do disco de vinil, as grandes bolachas pretas, com todo seu baixo grave e sua ar de mono. gostei de cds, gosto de mp3s. mas não gosto de bandas. bandas novas são muito polidas, as bandas novas que ninguém conhece. as melhores bandas são as bandas demo, onde só os garotos de uma cena conhecem. não me agradam essas melhores bandas não tocam na mtv, no estilo “as melhores bandas que você gosta hoje, eu gostei em 1999”. gosto de hits de sucesso. alguns. mas dos anos 80. os de hoje em dia eu baixo singles, mas nunca álbuns inteiros. talvez, no meu psicológico, tenha medo de abandono: gostar de uma banda nova, ter uma nova banda favorita, significaria desgostar um pouco da banda antiga. talvez tenha síndrome de peter pan: gostar de uma banda nova significaria me identificar com novas letras, crescer e amadurecer, desgarrar um pouco do passado, abandonar medos e chororôs, e começar nova vida. mas, por enquanto, acho que é só medo da desilusão: medo de gostar de uma banda nova e perceber que são apenas uns posers de merda.

One Response to “sobre bandas”

  1. Licia Says:

    Tá frenética, hein??

    Também tenho me apegado mais a singles do que a discos inteiros. Mas acho que a inocência do apego e dedicação a uma banda só acabou. Aliás, acabou junto com as próprias bandas.

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